sábado, 21 de maio de 2016

O Mistério do Ministério

             
Por Dayane Késia
          Com os cortes orçamentários que o novo governo brasileiro vem adotando, uma medida parece ter sido repensada.  Agregar o Ministério da Cultura ao Ministério da Educação parecia ser uma boa ideia, já que a proposta cultural também é educativa.   Mas se o custo/benefício traria tantos vantagens assim por que  então o novo governo pretende "devolver" o Ministério? A resposta foi dada no Blog de Reinaldo Azevedo, que por coincidência ou não, está hospedado no site da Revista Veja. A matéria intitulada "EXCLUSIVO – Temer vai devolver à Cultura o status de Ministério na segunda", é uma espécie de carta em defesa do novo governo que pretende apaziguar os ânimos do povo brasileiro. 
           As manifestações contra o fim do Minc mostram que uma das "crises" que o país vivencia acontece desde sua colonização, mas só agora entra de fato em discussão. Reinaldo não entoa em seu discurso de defesa nem para enaltecer, que o governo se preocupa com as questões de diversidade, e por isso reconheceu a importância do ministério, mas o jornalista esquece que o Brasil é um país miscigenado e por isso apresenta tantas características.
       Na obra do Antropólogo Darcy Ribeiro já se reconhecia a importância  da diversidade cultural, enquanto que para o texto de Reinaldo a maior importância é mostrar que o governo Dilma errou mais do que o governo Temer, uma lástima para o texto e para o Brasil pensar assim, o Minc é uma forma de enxergar desde as comunidades indígenas da Amazônia até os sertanejos do Nordeste, não é só coisa de artista como muita gente pensa. 
        Discutir esse tipo de produção faz com que pensemos na estrutura do nosso país e reconhecer a raiz de muito dos problemas que enfrentamos hoje, entendendo  não só o valor-notícia das matérias, como também a falta de valor de grande parte delas. Criticar a produção de nosso futuros colegas de trabalho, nos faz pensar no que iremos produzir futuramente e reconhecer antes mesmo de escrever o que já se pode ser considerado como errado e acima de tudo saber que nossas produções devem ser um ato emancipador para o leitor.

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